Áh… não seguram carroças! E se for só o cavalo, é que aí a GNR já fecha os olhos…
Pois é verdade, quem quiser segurar estes dois riscos, provavelmente só o conseguirá se recorrer a um mediador tradicional! Mas será que é só para isto que serve um mediador tradicional?
Vou então apresentar-me um pouco melhor!
A minha formação jurídica serve-me essencialmente para a minha actividade quotidiana, pois nunca me senti inclinado para me dedicar à advocacia, aliás quanto mais conheço os tribunais, mais me apetece manter-me longe deles!
Estava eu na universidade quando um dia resolvi pedir emprego a todos os bancos e seguradoras que existiam em Portugal. Fui fazer uma data de entrevistas e testes psicotécnicos e as propostas começaram a cair umas atrás das outras, a primeira a concretizar-se foi a proposta de Crédit Lyonnais Portugal. Nessa mesma semana tive de recusar uns dois empregos e nas semanas que se seguiram, uma meia dúzia, enfim uma fartura para os dias de hoje!
Um dos empregos que recusei era numa das maiores seguradoras de então e eles ofereciam-me um lugar de “técnico comercial” (ex: Inspector de Seguros). Não me dei muito mal no Crédit Lyonnais, mas o contrato implicava a minha ida para um determinado balcão e lá chegado percebi que tinha dado cabo do esquema para que colocassem uma pessoa amiga do gerente e familiar de outro colega... Ao fim de uns meses fartei-me do homem e do ambiente intragável e despedi-me! No dia seguinte recebi uma carta para me apresentar na Preservatrice Fonciere Assurances (PFA Tiard) no Porto. Conheci o Sr. António Luis Ferraz que pensava eu nessa altura tratar-se do Director Comercial e depois de uma amena cavaqueira ele propôs-me ingressar na Companhia. Afinal tratava-se do Delegado Geral, o equivalente ao Presidente do Conselho de Administração, isto se a PFA fosse uma empresa de direito privado português.
Foi assim que ingressei nos seguros e em boa hora, pois tudo correu muito bem, tendo sido logo no primeiro ano de trabalho, um dos melhores Técnicos Comerciais da Companhia pese embora, diga-se em abono da verdade que este mérito pertencia exclusivamente à qualidade da carteira que 'herdei'.
A minha relação com a Generali iniciou-se em 13/05/1992 e fui lá parar porque a PFA passou por um período de indefinição após a saída do Sr. Luis Ferraz … As coisas ficaram confusas e eu fui “pregar para outra freguesia”, para a Assicurazioni Generali Portugal.
Estive na Generali até ao ano 2000, até que saí a meu pedido e para trabalhar para a Generali, mas enquanto Agente Principal.
Hoje sou aquilo a que se chama um agente tradicional!
Como disse logo no inicio, não é só para segurar carroças e animais que servimos. A qualidade de um agente profissional de seguros vê-se essencialmente na forma como apoia o seu segurado na resolução de um sinistro! Por exemplo, há pouco mais de 10 anos um meu segurado teve uma perda total num sinistro automóvel e a seguradora do terceiro (do individuo que causou o acidente) queria indemnizar em 4.000 euros! Depois de muita discussão, cartas e ameaças, consegui “arrancar a ferros" uma indemnização de 11.500 euros. Se o segurado tivesse aceite a indemnização “escandalosa” tinha recebido menos de metade!
E qual foi o meu ganho, desses 11.500 euros? Nenhum, pois o que me interessa é manter os meus clientes satisfeitos e confiantes no meu papel pois dessa forma sou pago através da fidelização de carteira. Essa empresa está permanentemente a ser assediada pela concorrência e com propostas difíceis de acompanhar, mas até ver nunca me trocaram!
O meu contacto mais próximo com os tribunais tem sido através do CIMASA (centro de informação e arbitragem de seguros automóveis), pois o “árbitro” é um Juiz de Direito e funciona nos tribunais, quase como se de um processo comum se tratasse. Até esta data, todos os processos preparados por mim e remetidos por minha iniciativa para o CIMASA tiveram 100% de resultados favoráveis.
100%... neste caso não é possível pedir-se mais!
Se leu este texto e tem um seguro feito ao balcão de um banco ou feito através do telefone, pense bem no que acabei de lhe dizer! Muitos funcionários bancários nem sabem o que é o CIMASA e se ligar para a tal companhia do telefone e pedir uma ajudinha, arrisca-se a receber uma meia-hora, não de atenção, mas de música….
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